sábado, 29 de novembro de 2014

“POR ENTRE FOTOS E NOMES, OS SONHOS CHEIOS DE CORES. O PEITO CHEIO DE AMORES, EU VOU. POR QUE NÃO? POR QUE NÃO?"

       O título acima é um trecho da canção "Alegria, Alegria", de Caetano Veloso - uma das canções mais emblemáticas da época da ditadura militar. Os versos retratam bem o sentimento dos nosso alunos, visitantes e profissionais diante da nossa Mostra Cultural. As fotos falam por si sós!














ESCOLAS VISITANTES FORAM UM SHOW À PARTE

      Centenas de alunos de escolas da própria cidade e de cidades vizinhas prestigiaram o nosso evento. Cada um saiu com uma impressão diferente. O mais importante foi a troca de informações e as amizades que puderam ser formadas.











sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MOSTRA CULTURAL NA VISÃO DE QUEM A VIU E DE QUEM A FEZ ACONTECER

          É consenso entre todos os profissionais e alunos de nossa escola que nossa 1ª Mostra Cultural "Meio Século do Golpe Militar: Ditadura Nunca Mais", capitaneada pela Professora Fátima Santos (de História) e apoiada pelos demais colegas do Ensino Médio, fui um sucesso de público e de crítica.
        Há tempos não víamos nossos alunos tão felizes e integrados a um projeto tão grandioso e fascinante como este. Nossa escola nunca foi tão visitada. Caravanas de escolas locais e de escolas de cidades vizinhas lotaram os nosso stands e puderam aprender e conhecer mais sobre este período "negro" da nossa história, assim como ver de perto a produção de conhecimento feita pelos nossos alunos.
          A Mostra acabou hoje e resolvemos coletar depoimentos de pessoas que a fizeram acontecer e que a viram com olhos de espectador. Veja abaixo o que algumas pessoas disseram sobre o nosso evento.


"Já estou nesta escola há alguns anos e nunca havíamos realizado uma mostra cultural como esta. Acho super importante eventos como este, pois, além de engajar a todos nós alunos numa mesma causa, oportuniza que aprendamos de forma prazerosa e nos permite construir nosso próprio conhecimento", Lucas Oliveira - vice-presidente do Grêmio Estudantil.

“Imagino que muitas pessoas, sobretudo aqueles que visitaram nossa Mostra, já tinham ouvido falar sobre o regime da ditadura militar. Mas aqui certamente tiveram o real entendimento do que foi esse período. Tudo foi tão real que muitas pessoas saíram emocionadas. Alguns pais de alunos saíram das salas chorando porque foram tocadas pelo realismo que os nossos alunos imprimiram em apresentar-lhes o tema". Eles deram um show!, Jacilda Macedo - Professora da Escola.


"Este evento foi de grande relevância para mim, pois além de aprender muito sobre o regime militar, conheci muitas pessoas novas, venci minha timidez e dei a minha contribuição. Cheguei até a desfilar com roupas dos anos 60. Eu jamais pensei que fosse capaz disso. Este projeto me transformou", Everton Félix - aluno do 2º ano "B"



“Aprendi demais com este evento, não só durante a sua preparação, mas também durante estes dois últimos dias. Agora, mas do que nunca, pude constatar que aprender desta forma é muito mais prazeroso e estimulante. Me sinto muito realizada”, - Maria Amanda – aluna do 2º B



“Aprendi demais a partir deste projeto, mas o que mais vai ficar guardado em minha memória foi a chance de ter conhecido novas pessoas e de ter podido apresentar a escola em que eu estudo as pessoas que vieram nos visitar. Eu me senti importante podendo conduzí-las pelas salas das apresentações. Vi a cara de satisfação quando elas se despediam agradecendo e parabenizando por tudo”, Jhérssica Sabrinaaluna do 2º ano A.


“Estou impressionado até agora com tudo que vocês conseguiram retratar nesta Mostra. Vocês trouxeram um tema tão recente e que parecia estar adormecido na lembrança das pessoas. Me encantou muito a forma como os alunos trabalharam, a desenvoltura deles, o cuidado, o zelo. Ficou perceptível como esses alunos foram tirados da ociosidade e da mesmice de aulas teóricas. Sem falar nos talentos revelados. Muita gente boa teatralizando, encenando, emocionando a todos nós. Acho até que vocês devem pensar em montar um grupo de teatro”, João Fabiano – pai de aluno, professor  e vereador.

“Esta foi a minha primeira mostra cultural como professor. Até agora estou abismado como os nossos alunos são capazes de nos surpreender. Que coisas fantásticas eles são capazes de nos apresentar. Nesses últimos dias eles têm dado um show de cultura, arte e conhecimento. Estou muito envaidecido e orgulhoso deles. Me sinto muito lisonjeado em ter podido ver isso e fazer parte desse processo”, Aurino Júnior – Professor da Escola.


Estou radiante com a participação e com a produção cultural dos nossos alunos. É incrível como eles se empenharam e deram tudo o que podiam para a realização dessa Mostra. Eles quiseram fazer bonito. E fizeram!” Tivemos aqui uma verdadeira aula de cidadania. Me impressionou também a união do grupo e como os demais colegas abraçaram a causa e a ideia da Professora Fatinha”, Vitória Barbosa – Professora da Escola.

“Eu me sinto feliz em estar entrando para a história da nossa escola com este evento tão grandioso. Sinto muito orgulho em ter interagido tanto. Confesso estar surpresa comigo mesma, pois venci barreiras que jamais fosse capaz de vencer. Falar em público, por exemplo, era uma grande dificuldade. Agora me sinto muito mais segura”, Rafaela Costa – aluna do 1º ano A.




“Os nossos alunos deram um verdadeiro show, mostraram do que são capazes quando são motivados e estimulados. Eu sempre acreditei no potencial dos nossos meninos e meninas e tenho certeza de que eles podem nos surpreender ainda mais. Outras mostras virão!”, Josiane Silva – Professora da Escola.



"Como professora de dança, eu queria que os meus alunos apresentassem algo ligado a esta arte. Quando levei a proposta, eles ficaram bem empolgados. Montamos as coreografias e o resultado foi esse show de interpretação que vocês viram. Ficou lindo! Valeu o esforço e a dedicação deles”, Jussara Silva – Professora da Escola.




“Eu já sabia um pouco o que tinha sido a ditadura militar, mas daí ver assim tudo montado... choca e impressiona Foi tudo tão real. Estou encantada. A sala das torturas foi a que mais me impressionou. Tudo estava de muito bom gosto. Parabéns a todos da escola”, Lorrayne Dantas – aluna da Escola José Rolderick, de Nova Floresta-PB



“Poxa, gostei de tudo o que vi por aqui. Os alunos daqui realmente fizeram um ótimo trabalho. Gostei das salas, mas o que eu achei mais legal foi uma sala que tinha uma banda tocando músicas de Legião Urbana. Os músicos eram muito bons e o vocalista era muito engraçado”, Raul Hernandes, aluno da EMACC.



“Estou muito encantada com tudo o que vi por aqui. Valeu muito à pena ter vindo com os meus alunos. Tenho certeza de que todos aprenderam muito e puderam refletir bastante sobre o que foi este triste período da nossa história. A sala das torturas me impressionou muito e chamou a atenção de todos nós”, Dairla Cândido – Professora da Escola José Rolderick, de Nova Floresta.


“Estamos muito felizes por termos vindo e por tudo o que presenciamos aqui. Meu filho está aqui há pouco tempo e nós nos arrependemos muito de não termos colocado ele aqui há mais tempo. Aqui vocês ensinam para a vida e isso faz toda a diferença. Vimos na realidade e na prática o que os alunos estão aprendendo. E é disso o que eles precisam”, Adeú e Lucilene – pais de aluno.




“Tenho filhos aqui e vim ver de perto o que eles estão produzindo de conhecimento. Estou maravilhada com tudo o que vi. Achei incrível o tanto de músicas que foram censuradas pela ditadura. Vim como visitante, mas saí como aprendiz”, Adriana Silva – mãe de aluna.




Quando pensei nesta Mostra eu pensei em algo que motivasse os nossos alunos, em algo que os tirasse daquela posição de meros receptadores de conteúdos e os fizesse produzir o conhecimento. Eu já havia ido a muitas mostras culturais e há muito tempo tinha a intenção de realizar uma aqui. Com os 50 anos do Golpe, surgiu a ideia. Socializei a proposta com os colegas professores, que logo a abraçaram e me ajudaram a divulgar e trabalhar com os alunos. Já me emocionei tanto, já chorei tanto de alegria que acho que nem tenho mais lágrimas. Me sinto imensamente realizada. Os nossos alunos deram um verdadeiro show de participação e envolvimento. Eles foram brilhantes em tudo. E se este evento deixou a sua mensagem e foi o sucesso que foi, isso se deve ao empenho e dedicação deles. Obrigada, meus queridos por tudo!”, Professora Fátima Santos – organizadora da Mostra.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

MOSTRA CULTURAL SOBRE A DITADURA MILITAR RECEBE CENTENAS DE VISITANTES

          Neste primeiro dia de nossa Mostra Cultural "Meio Século do Golpe: Ditadura Nunca Mais", nossa escola ficou pequena para tanta gente. Durante todo o dia, centenas de alunos, pais de alunos, pessoas da comunidade e vistantes de outras cidades estiveram prestigiando os stands de nosso evento e absorvendo a produção de conhecimento produzida pelos nossos alunos.
         Desde das 7h da manhã, seis stands montados nas salas de nossa instituição contavam, sobre diferentes enfoques, como se deu o golpe de 1964 e a tirania que representou aquele triste período da nossa história.
           Logo na entrada os visitantes eram recebidos por belas estudantes que colhiam as suas assinaturas e os encaminhavam para as salas temáticas. 




MOSTRA ESTÁ ORGANIZADA POR TEMÁTICAS

SALA 1 – RESGATE HISTÓRICO

          A primeira sala a ser visitada é a sala 1. Coordenada pela professora idealizadora do evento, Fátima Santos, nela, os estudantes Jonatan Tavares e Dallyne Silva, acompanhados de outros alunos, se revezam na apresentação e contam aos visitantes, auxiliados por cartazes temáticos e um curto vídeo, como se deu o Golpe Militar e quem o instituiu. Em suas abordagens, eles fazem uma digressão de todo o período da ditadura, de 1964 a 1985,  destacando os presidentes brasileiros da época do regime e quais foram as suas principais ações ditatoriais.







 SALA 2 – VISÃO DA DITADURA

          A segunda sala está sendo coordenada pela Professoara Arly Silva (Português) e pelo Professor Aurino Júnior (Matemática).  Nesse stand, os participantes podem conhecer um pouco mais sobre como a mídia e as artes retrataram a ditadura militar. Logo no primeiro momento, os alunos apresentam um trayler do filme “O quintal dos guerrilheiros” e em seguida dão sugestões de nomes de outros filmes que tratam do assunto. Ao final, os visitantes são presenteados com um show musical, onde os alunos tocavam e cantavam músicas de artistas perseguidos nos anos 60 e 70 e os convidam a cantarem juntos com eles.





SALA 3 – TORTURA NÃO SE COMEMORA E NEM SE ESCONDE

      A sala 3 vem sobre a assinatura das Professoras Karol (Física), Jacilda (Biologia) e Liliane (Química). Em suas apresentações, os alunos contam como ocorriam os mais diferentes tipos de tortura e, na intenção de dar ainda mais realismo às apresentações, em muitos momentos os estudantes encenam formas de tortura e dão depoimentos como se fossem pessoas que viveram aquela época. Tudo é absolutamente surpreendente nesta sala, com destaque para a teatralização envolvente e emocionante da canção “Cálice”, de Chico Buarque.





SALA 4 – VÍTIMAS DA REPRESSÃO

          A sala 4 vem sobre a orientação da Professora Josiane Silva (Artes) e do Professor Marcus Ronan (Sociologia). Neste stand, os visitantes podem conhecer um pouco mais da histórias de intelectuais, artistas e políticos brasileiros que foram perseguidos e exilados durante os 21 anos do regime militar. Cartazes temáticos circundam todo o espaço e, num mini-palco, montado dentro da sala, alunos encenam personalidades dando depoimentos do horror que viveram nos anos de chumbo. Ao final, uma apresentação em alusão à dançarina Rita Kadilac, que dançava nos presídios e quartéis da época, encerra a a abordagem desta sala.







SALA 5 – CENSURA NA MÚSICA

           Idealizada pelos monitores de dança do Programa Mais Educação, a sala 5 retrata a censura que a música sofreu naquela dura época, quando as letras das canções eram proibidas e muitos compositores e cantores tiveram que se exilar para fugir do regime.  O espaço está todo decorado com fotos de cantores e músicas dos anos 60 e 70 e dois grupos de dança se revezam dançando coreografias com músicas temáticas, com destaque para “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, e “Prà não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.





SALA 6 –  A MODA NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR

       Pela sua vasta temática, e pela forma como queriam apresentar o trabalho dos alunos, os professores de Inglês Robson Guedes e Vitória Silva, coordenadores desse stand, optaram por realizar sua exposição no pátio interno da escola. Assim, a mostra "A moda nem anos da ditadura"se tornou uma das maiores atrações do evento.
     A intenção desses professores e alunos era mostrar como as pessoas se vestiam na época do regime militar. Para tanto, uma enorme passarela foi montada para que um grande desfile temático fosse realizado. Vestidos como naquele tempo, meninos e meninas desfilam modelitos dos anos 60 e 70 e enchem de graça e glamour os olhos do público presente, que grita a cada entrada. Para o público feminino, o  destaque eram os vestidos de bolinhas e as fitas de seda na cabeça. Já para os rapazes, o jeans e a jaqueta de couro davam o tom. Tudo era inspirado nos movimentos da Bossa Nova e da Jovem Guarda e no movimento rippie que ganhava força naqueles anos.