quarta-feira, 19 de setembro de 2012

COMISSÃO MUNICIPAL DA OLP ESCOLHE DOIS TEXTOS DE NOSSA ESCOLA

       Neste último dia 17, uma Comissão Municipal formada por profissionais de educação de todas as escolas de nossa cidade se reuniu para analisar e escolher os textos vencedores da etapa municipal da 3ª Olimpíada de Língua Portuguesa. Na ocasião foram analisados textos de três gêneros: poemas, crônica e artigo de opinião. De acordo com esta comissão, não foram analisados textos do gênero relato de memórias, pois nenhuma das escolas inscritas enviou textos finalistas desse gênero para aquela comissão.
        Após muitas análises, focadas nos critérios  pré-estabelecidos pela própria organização da OLP, ao final foram escolhidos dois textos da nossa Escola: a crônica da aluna Ana Beatriz, do 9º da tarde e o artigo de opinião da aluna Jane Cleide, do 3º ano "A". O poema escolhido foi o de um aluno da Escola Municipal Oscar Cordeiro.
       Os três textos escolhidos seguem agora para a Comissão Estadual e, uma vez sendo escolhidos, passam para etapa semifinal onde os alunos autores participarão de encontros regionais em Curitiba (crônica) e São Paulo (artigo). Estamos todos na torcida!

CONFIRA OS TEXTOS DE NOSSA ESCOLA QUE FORAM ESCOLHIDOS PELA COMISSÃO MUNICIPAL


Gênero: Crônica
Professor(a): Jaçanan de Souza Teles
Aluno(a): ANA BEATRIZ ALVES DA COSTA
Título: O imenso valor das pequenas coisas 


           Lugar mágico, especial, repleto de sítios grandes e pequenos, simples ou luxuosos, no centro ou afastado dele, não importa... O que realmente surpreende é a magia do lugar onde vivo devido á pureza, à alegria e, principalmente, à simplicidade das pessoas que aqui residem. Cajueiros, mangueiras, pés e mais pés amarelinhos de maracujás fazem parte do cenário dessa terra conhecida como "Princesinha do Trairi", uma jóia em terras potiguares.
           Foi aqui que eu comecei a dar valor às coisas, a respeitar e a sorrir enquanto ajudava a minha mãe a varrer o terreiro de nosso quintal. Morávamos num sítio muito simples, mas o qual eu podia chamar de casa e falar que ali sim eu vivia feliz.
           No terreiro, com bastante barro batido, eu brincava, via o tempo passar e pensava como seria a minha vida dali há alguns anos. Infelizmente minha família era pobre demais para me presentear com um lápis ou um caderno para que eu pudesse levá-los para a escola.
         Muitas vezes não havia nem o que comer e minha mãe ia lá no roçado pegar uma manga ou uma goiaba para que eu pudesse comer como café da manhã. Contamos muitas vezes com a ajuda e a boa vontade de algumas pessoas que nos auxiliavam.
          Foram poucas as coisas que conquistamos, mas todas fruto de muito esforço, dedicação e compromisso. Ainda hoje sinto saudades daquele lugar mágico onde vivi e passei momentos que foram fundamentais para a formação da minha personalidade e construção dos meus valores.
          Certamente ele continua lá, ainda que seja na minha lembrança, permitindo que eu me sinta orgulhosa por tido a oportunidade de construir e moldar a pessoa que hoje sou, desfrutando de uma simples e encantadora realidade.

Gênero: Artigo de Opinião
Professor(a): OTON MÁRIO DE ARAÚJO COSTA
Aluno(a): JANE CLEIDE ALVES DA SILVA
Título: Em defesa dos nossos cajueiros 


               O lugar onde eu vivo chama-se Jaçanã, uma pequena e pacata cidade localizada no interior do Rio Grande do Norte. Aqui temos um grande problema ambiental que diz respeito ao desmatamento desenfreado dos nossos cajueiros: uma árvore frutífera muito conhecida na minha região que é responsável pela purificação do ar que respiramos aqui e pela imensa malha verdade que circunda a nossa serra.
                Os agricultores os estão desmatando para vender a lenha dos seus galhos e troncos para os donos de padarias da cidade, já que, devido à grande seca que enfrentamos nos últimos anos, esta tem sido a única fonte de renda para alguns deles sustentaram as suas famílias.
            Nesse sentido, o corte indiscriminado dos cajueiros tem causado fortes impactos ambientais, tanto que já é possível percebermos que o nosso município está mais quente e que as chuvas e a vegetação nativa estão cada vez mais diminuindo.
           Para alguns dos meus conterrâneos, o corte indiscriminado dos cajueiros não se configura como problema algum, pois acreditam que as plantas derrubadas podem brotar novamente ou serem replantadas e que o corte dessas árvores é a única forma de garantir o sustendo de muitas famílias rurais no contexto em que estão inseridas.
          Já uma grande parcela da população defende a não-derrubada dos cajueiros, pois as consequências para todos nós serão irreversíveis, o que pode levar a nossa serra a uma provável desertificação. Para estes, o desmatamento das árvores nativas deve ser urgentemente freado, pois se esse processo continuar como está chegaremos a um ponto em que não será mais possível recuperamos o ambiente original.
         Pessoalmente lamento que o desmatamento aqui seja causado pela ação do próprio agricultor, do homem rural, porque, no final das contas, será ele mesmo o mais prejudicado por sua ação. Penso que será o próprio homem do campo o primeiro a sentir as ações nefastas de seu próprio ato, levando uma série de pessoas a também pagarem pelo preço de sua inconsequência.
          Diante do exposto, uma solução plausível para se evitar a destruição dos nossos cajueiros, seria a promoção de campanhas públicas locais que conscientizassem a população para termos o nosso meio ambiente mais saudável, o que poderia ser feito através do sindicato dos trabalhadores rurais, das associações de produtores do campo ou até mesmo das nossas escolas. Acredito que seria importante a conscientização do nosso povo para por fim a derrubada do nosso mais importante símbolo nativo: os nossos cajueiros, que, nos meses finais do ano, perfumam e enfeitam a nossa cidade como verdadeiras árvores de natal naturais, carregadas de cajus, exalando o aroma desse fruto até a linha do horizonte. E que assim sempre possa ser.

VEJA O POEMA QUE VENCEU NA ETAPA ESCOLAR, MAS QUE NÃO
 FOI FINALISTA NA ETAPA MUNICIPAL


Professor(a): Maria Aparecida Pontes Medeiros de Moura 
Aluno(a): ELLEN DE SOUZA GALDINO 
Título: Felicidade Amarela 


Fonte de renda e sabedoria
Gera trabalho e felicidade
Alimento e beleza
Para minha comunidade

Como a flor do desejo
Que se enrosca com a paixão
De flor em flor
Homem e inseto fazendo a polinização

 Que se fecha no ventre da planta
 E é grande a emoção!
 Nos galhos finos e folhas verdes
 Surge o fruto delicioso
 Dizer que é o encanto amarelo
 Ele é mais: é um tesouro

Maduro ele é colhido
Parece que vale ouro
O maracujá é nossa riqueza
Seu cheiro, uma tentação
Brotando no chão arenoso
De clima maravilhoso
Orgulho da região.

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