Neste último dia 17, uma Comissão Municipal formada por profissionais de educação de todas as escolas de nossa cidade se reuniu para analisar e escolher os textos vencedores da etapa municipal da 3ª Olimpíada de Língua Portuguesa. Na ocasião foram analisados textos de três gêneros: poemas, crônica e artigo de opinião. De acordo com esta comissão, não foram analisados textos do gênero relato de memórias, pois nenhuma das escolas inscritas enviou textos finalistas desse gênero para aquela comissão.
Após muitas análises, focadas nos critérios pré-estabelecidos pela própria organização da OLP, ao final foram escolhidos dois textos da nossa Escola: a crônica da aluna Ana Beatriz, do 9º da tarde e o artigo de opinião da aluna Jane Cleide, do 3º ano "A". O poema escolhido foi o de um aluno da Escola Municipal Oscar Cordeiro.
Os três textos escolhidos seguem agora para a Comissão Estadual e, uma vez sendo escolhidos, passam para etapa semifinal onde os alunos autores participarão de encontros regionais em Curitiba (crônica) e São Paulo (artigo). Estamos todos na torcida!
CONFIRA OS TEXTOS DE NOSSA ESCOLA QUE FORAM ESCOLHIDOS PELA COMISSÃO MUNICIPAL
Gênero: Crônica
Professor(a):
Jaçanan de Souza Teles
Aluno(a): ANA BEATRIZ ALVES DA COSTA
Título: O imenso valor das pequenas coisas
Lugar mágico, especial, repleto de sítios grandes e pequenos, simples ou luxuosos, no centro ou afastado dele, não importa... O que realmente surpreende é a magia do lugar onde vivo devido á pureza, à alegria e, principalmente, à simplicidade das pessoas que aqui residem. Cajueiros, mangueiras, pés e mais pés amarelinhos de maracujás fazem parte do cenário dessa terra conhecida como "Princesinha do Trairi", uma jóia em terras potiguares.
Aluno(a): ANA BEATRIZ ALVES DA COSTA
Título: O imenso valor das pequenas coisas
Lugar mágico, especial, repleto de sítios grandes e pequenos, simples ou luxuosos, no centro ou afastado dele, não importa... O que realmente surpreende é a magia do lugar onde vivo devido á pureza, à alegria e, principalmente, à simplicidade das pessoas que aqui residem. Cajueiros, mangueiras, pés e mais pés amarelinhos de maracujás fazem parte do cenário dessa terra conhecida como "Princesinha do Trairi", uma jóia em terras potiguares.
Foi aqui que eu comecei
a dar valor às coisas, a respeitar e a sorrir enquanto ajudava a minha mãe a
varrer o terreiro de nosso quintal. Morávamos num sítio muito simples, mas o
qual eu podia chamar de casa e falar que ali sim eu vivia feliz.
No terreiro, com
bastante barro batido, eu brincava, via o tempo passar e pensava como seria a
minha vida dali há alguns anos. Infelizmente minha família era pobre demais
para me presentear com um lápis ou um caderno para que eu pudesse levá-los para
a escola.
Muitas vezes não havia
nem o que comer e minha mãe ia lá no roçado pegar uma manga ou uma goiaba para
que eu pudesse comer como café da manhã. Contamos muitas vezes com a ajuda e a
boa vontade de algumas pessoas que nos auxiliavam.
Foram poucas as coisas
que conquistamos, mas todas fruto de muito esforço, dedicação e compromisso.
Ainda hoje sinto saudades daquele lugar mágico onde vivi e passei momentos que
foram fundamentais para a formação da minha personalidade e construção dos meus
valores.
Certamente ele continua lá,
ainda que seja na minha lembrança, permitindo que eu me sinta orgulhosa por
tido a oportunidade de construir e moldar a pessoa que hoje sou, desfrutando de
uma simples e encantadora realidade.
Gênero: Artigo de
Opinião
Professor(a): OTON
MÁRIO DE ARAÚJO COSTA
Aluno(a): JANE CLEIDE ALVES DA SILVA
Título: Em defesa dos nossos cajueiros
O lugar onde eu vivo chama-se Jaçanã, uma pequena e pacata cidade localizada no interior do Rio Grande do Norte. Aqui temos um grande problema ambiental que diz respeito ao desmatamento desenfreado dos nossos cajueiros: uma árvore frutífera muito conhecida na minha região que é responsável pela purificação do ar que respiramos aqui e pela imensa malha verdade que circunda a nossa serra.
Aluno(a): JANE CLEIDE ALVES DA SILVA
Título: Em defesa dos nossos cajueiros
O lugar onde eu vivo chama-se Jaçanã, uma pequena e pacata cidade localizada no interior do Rio Grande do Norte. Aqui temos um grande problema ambiental que diz respeito ao desmatamento desenfreado dos nossos cajueiros: uma árvore frutífera muito conhecida na minha região que é responsável pela purificação do ar que respiramos aqui e pela imensa malha verdade que circunda a nossa serra.
Os agricultores os estão desmatando para
vender a lenha dos seus galhos e troncos para os donos de padarias da cidade,
já que, devido à grande seca que enfrentamos nos últimos anos, esta tem sido a
única fonte de renda para alguns deles sustentaram as suas famílias.
Nesse sentido, o corte
indiscriminado dos cajueiros tem causado fortes impactos ambientais, tanto que
já é possível percebermos que o nosso município está mais quente e que as
chuvas e a vegetação nativa estão cada vez mais diminuindo.
Para alguns dos meus
conterrâneos, o corte indiscriminado dos cajueiros não se configura como
problema algum, pois acreditam que as plantas derrubadas podem brotar novamente
ou serem replantadas e que o corte dessas árvores é a única forma de garantir o
sustendo de muitas famílias rurais no contexto em que estão inseridas.
Já uma grande parcela da
população defende a não-derrubada dos cajueiros, pois as consequências para
todos nós serão irreversíveis, o que pode levar a nossa serra a uma provável
desertificação. Para estes, o desmatamento das árvores nativas deve ser
urgentemente freado, pois se esse processo continuar como está chegaremos a um
ponto em que não será mais possível recuperamos o ambiente original.
Pessoalmente lamento que
o desmatamento aqui seja causado pela ação do próprio agricultor, do homem
rural, porque, no final das contas, será ele mesmo o mais prejudicado por sua
ação. Penso que será o próprio homem do campo o primeiro a sentir as ações
nefastas de seu próprio ato, levando uma série de pessoas a também pagarem pelo
preço de sua inconsequência.
Diante do exposto, uma
solução plausível para se evitar a destruição dos nossos cajueiros, seria a
promoção de campanhas públicas locais que conscientizassem a população para
termos o nosso meio ambiente mais saudável, o que poderia ser feito através do
sindicato dos trabalhadores rurais, das associações de produtores do campo ou
até mesmo das nossas escolas. Acredito que seria importante a conscientização
do nosso povo para por fim a derrubada do nosso mais importante símbolo nativo:
os nossos cajueiros, que, nos meses finais do ano, perfumam e enfeitam a nossa
cidade como verdadeiras árvores de natal naturais, carregadas de cajus,
exalando o aroma desse fruto até a linha do horizonte. E que assim sempre possa
ser.
VEJA O POEMA QUE VENCEU NA ETAPA ESCOLAR, MAS QUE NÃO
FOI FINALISTA NA ETAPA MUNICIPAL
Professor(a): Maria
Aparecida Pontes Medeiros de Moura
Aluno(a): ELLEN DE SOUZA GALDINO
Título: Felicidade Amarela
Fonte de renda e sabedoria
Gera trabalho e felicidade
Alimento e beleza
Para minha comunidade
Como a flor do desejo
Que se enrosca com a paixão
De flor em flor
Homem e inseto fazendo a polinização
Que se fecha no ventre da planta
E é grande a emoção!
Nos galhos finos e folhas verdes
Surge o fruto delicioso
Dizer que é o encanto amarelo
Ele é mais: é um tesouro
Maduro ele é colhido
Parece que vale ouro
O maracujá é nossa riqueza
Seu cheiro, uma tentação
Brotando no chão arenoso
De clima maravilhoso
Orgulho da região.
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