Após meses de negociações com o governo do Estado sem obter sucesso, os trabalhadores em Educação resolveram entrar em greve. A suspensão das atividades nas escolas da rede já iniciou e não há previsão para fim. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nessa quinta-feira (29), que teve a participação de mais de mil trabalhadores.
Tão logo souberam que a greve foi deflagrada em Natal, os professores das cidades do interior logo começaram a se articular para paralisar também as suas atividades docentes. Em nossa Escola, os professores se reuniram e decidiram, quase que em sua totalidade, paralisar as suas atividades. A única que ficou isenta do movimento foi a professora Jaçanan Teles que é temporária e, por isso, não poderia aderir ao movimento grevista. Mesmo assim, a professora também acabou parando suas atividades, afinal era inviável que os alunos tivessem apenas aulas dela.
Já os professores Willy, Lays, Eliane, Eisabdra e Robson também tiveram que parar, pois são professores de horas suplementares e recebem seus salários nos nomes dos professores titulares que aderiram à greve, fato que não aconteceu até esta data. Para se ter um ideia: Layze, Luciana, Claudenise, Robson e Willy qye trabalharam todo o ano passado, até agora não receberam nada. Descaso total.
O principal fator que estimulou a deliberação da greve foi a solicitação feita pela governadora na última assembleia que teve com a direção do Sinte, nessa quarta-feira (27). Na ocasião, o governo pediu mais 120 dias à categoria para dar uma resposta às reivindicações feitas. Os trabalhadores interpretaram a solicitação do governo como uma jogada para protelar o pagamento dos Direitos, já que desde janeiro o sindicato tenta negociar com o governo e não avançou em nada.
Entre as principais solicitações da categoria estão, a revisão do Plano de Carreira do Magistério; o pagamento do Plano aos demais servidores, que já foram enquadrados; o cumprimento da Lei que estabelece o Piso Nacional dos educadores; e o pagamento de direitos em atraso.